Como as Havaianas deixaram de ser a sandália
para a faxina, caíram no gosto das classes A e B
e se tornaram a preferência do verão nos pés
moderninhos de fãs no Brasil e também no exterior
Por 6 reais, lá estão elas, empoeiradas, à venda no mercadinho da esquina. Já na Selfridges de Londres, aonde chegam neste mês, vão custar 30 libras (perto de 160 reais). As sandálias Havaianas, que antigamente só eram conhecidas por não soltar a tira, não ter cheiro e ser usadas em público na aula de natação e olhe lá, hoje pisam as ruas de Nova York, Paris, Londres – e, sim, até do Havaí –, nos bem-cuidados pés de famosas e não-famosas. Aderiu ao chinelinho de borracha a rainha Silvia, da Suécia, fotografada com um par. A modelo Gisele Bündchen não tirava a sua do pé antes de virar garota-propaganda da concorrente. Fora a caipirinha, são provavelmente o único produto de divulgação universal com cara e alma de Brasil. Fenômeno de moda e de marketing, em ambos os casos exemplificam o jogo de contrastes que já beneficiou peças como os tênis e os jeans: o mais simples do simples se torna o auge da sofisticação, o não-design transforma-se em design, coisa de pobre passa a ser acessório de rico.
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